Estudámos o conto, “ Aquele azul”, de Maria Judite de Carvalho.
No final, já quase toda a turma comprava o conto.
Só gostamos, quando compreendemos.
Que viva a Arte
A Arte é algo que é apreciado por todos nós e que nos influencia de diferentes modos, no nosso dia-a-dia.
Quando nos referimos à arte, esta abrange um número variado de coisas, tais como a música, a pintura, a escrita, a arquitectura e através delas nós entramos noutros mundos de conhecimento, de intuição, de sensibilidade e de beleza.
No caso dos adolescentes, por exemplo, estando nós num processo de descoberta do mundo e dos outros, a arte tem um grande impacto no nosso crescimento, pois confronta-nos com diferentes formas de ver e de sentir e, actualmente, com as novas tecnologias, estamos inteiramente ligados aos mestres e artistas de todo o mundo, basta um clique no youtube. Certos adolescentes, para se afirmarem, vestem-se de outro modo e recorrem ao vestuário para se exprimirem, para dizerem do que gostam e com quem se identificam, alguns conseguem mesmo fazer arte na sua imagem extravagante. É a arte que nos ajuda a sermos nós próprios, a demonstrarmos o que nos vai na alma.
Criar é um processo misterioso, quando pegamos num instrumento, caneta, violino, voz, tintas, pedra, madeira e dizemos e agora, o que vais fazer, a mão conduz-nos para um caminho novo, para um lado de nós que desconhecemos, mas que sai do nosso interior… da verdade de cada pessoa. Daí ser honesta, feita com paixão e espaço de liberdade.
A arte ensina-nos a ver o mundo com outros olhos e quando a descobrimos, gostamos e exigimos a sua presença naquele azul ou naquela canção.
Mariana Oliveira
Somos influenciados pela arte?
Todos os dias ouvimos falar de quadros maravilhosos, filmes espectaculares e músicas inovadoras! Mas será que estas formas de arte têm a mínima implicação na nossa forma de viver e de ser?
Por um lado, acho que têm alguma influência, pois, pontualmente, os pais levam os filhos aos museus, espectáculos, livrarias ou a dar um passeio cultural, por exemplo, na esperança de que essas visitas possam formar a mentalidade dos filhos. Ao apreciar um quadro, ao ouvir uma melodia, ao ver uma dança ou ao ler um bom livro, vai-se adquirindo sensibilidade estética, noção do belo, gosto pelo conhecimento, enfim, um conjunto de aptidões que, sem dúvida, irão ser marcantes na personalidade de cada um. E essa marca só pode ser positiva, pois enriquece-nos a todos os níveis.
Por outro lado, acho que, actualmente, as pessoas interessam-se cada vez menos pelas actividades culturais optando, muitas vezes, por actividades mais fúteis que não as fazem crescer tanto intelectualmente. Lembro, por exemplo, que há jovens que preferem jogar computador ou ver televisão horas a fio, passivamente, em vez de irem ao museu ou à feira do livro ou mesmo a um bailado. Este atitude é empobrecedora do ponto de vista intelectual, cultural e humano.
Assim, há que mudar mentalidades para que a Arte possa ser vista como um bem na vida de cada um. O sistema de ensino tem aqui uma forte responsabilidade, na medida em que pode dar um forte contributo para cativar os jovens para a Arte.
Luís Cruzeiro
O que é a arte?
O que é a arte? A arte, para muitos, pode ser um simples estímulo visual ou auditivo, mas apenas uma ínfima parte da população entende verdadeiramente o que é a arte.
A arte, segundo Stuart Mill, é um valor superior que só pode ser atingido quando há a total harmonia do ser racional com o emocional, quando a pessoa, ao contrário das outras que a rodeiam, consegue experienciar e captar o sentido da arte e viver a partir daí sentimentos que nunca pensou que existissem, pois sente uma tal elevação sensível, cultural e espiritual que não sabe, se está num sonho ou na realidade. Está, na verdade, a viver a arte.
A cultura e o saber são bens que apenas os mais intelectuais atingem e percebem, e eu desejo entender e viver esses bens e valores supremos que distinguem a Pessoa do ser comum com tal paixão, que sou incapaz de explicar pelas palavras simples e resumidas deste texto o quanto quero sentir o entendimento das obras-primas.
É isto que eu penso da arte e é isto que eu quero sentir quando acabar a eterna procura por este valor intangível e, finalmente, perceber “A Noite Estrelada” de Van Gogh que uns dizem ser de loucura, mas eu digo ser para lá da lucidez.
Alexandre Loureiro
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