Exmo. Sr. Director-Geral da ONU
Venho por este meio apresentar o meu protesto contra o facto de ser tratada como um ser sem personalidade ou vontade própria, como um número no meio de tantos outros.
Somos todos iguais na aparência e somos identificados com números, como clones, sem direito a ter uma personalidade ou atitude próprias. Não há nada que nos distinga, apenas o número no código de barras. Protesto! Todos temos direito a sermos como queremos. Sei que há muita desigualdade no mundo, há fome em África e pessoas a comerem demasiado noutros locais do mundo, nomeadamente nos Estados Unidos. Sei também que essa desigualdade deve ser combatida, como é dito, “todos somos iguais e temos os mesmos direitos”. As grandes desigualdades devem ser combatidas, mas todos temos o direito de sermos diferentes, fazer algo diferente, pintar o cabelo de rosa choque, pintar uma unha de cada cor, usar roupas berrantes, ter um estilo próprio, pois são essas pequenas coisas que fazem a diferença, diferença essa que é saudável tanto para quem gosta de ser diferente, como para quem gosta de ver algo diferente.
Reclamo o meu direito a ser diferente, a ser gente, todos somos iguais e todos diferentes.
Aceite, V Ex.ª, o grito desta cidadã
Ana Isabel
Ex.mo Senhor Dr. Presidente da ONU
Venho por este meio reclamar a vossa Excelência o direito que tenho de ser “gente” e de ser tratada como tal.
No Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos consta que todos os seres humanos nascem livres e iguais, sem diferenças, eu confesso que no início até acreditei e sonhei, atingir a igualdade mundial, onde todos trabalhassem para um mundo melhor. Porém, neste momento confronto-me com um realidade estranha. A sociedade de consumo e a massificação roubaram-me o que eu tinha de melhor. E eu andava distraída com os objectos, tantos objectos, distraíram-me…e eu deixei…
De repente, somos todos iguais! Somos autênticos clones, que até direito a código de barras temos. A nossa única diferença é o último número do tal código de barras. Neste momento a liberdade de expressão é inexistente, já não temos vontade própria, todos fazem a mesma coisa, vergados, claro, porque actualmente somos escravos desta civilização.
Certa de que Vossa excelência tem um olhar atento às necessidades da população mundial, peço que realize o nosso desejo e nos conceda novamente a identidade e a liberdade individual e o direito a sermos pessoas.
Subscreve-se respeitosamente
Luana Silva
Aqui sou só mais um, um número, um triste, apesar de estar rodeado por uma multidão, sinto-me solitário e aqui estou, cabisbaixo…
O que penso? Penso sobre tudo o que existe, pois aqui é a única coisa que posso fazer, imaginar, pensar. Aqui nem tenho nome, não passo de um número x, não tenho roupa, nem cabelo.
Mas isto tem de mudar, tenho de me revoltar! Quero ter um nome e opinião, quero ser feliz e ter amigos, quero sorrir, amar, chorar e VIVER. Quero ter emoções.
Qual é o interesse de ser um número? Quais são as vantagens? A minha resposta é… NENHUMAS! Cansei! Quero sair daqui e ir para um país onde exista liberdade de expressão, mas principalmente onde haja pessoas.
Já me decidi, quero ser diferente dos outros, vou fugir, e trago comigo quem tiver capacidade de ser pessoa, quem se quiser limitar a ser um número, fica.
ADEUS!
Guilherme Veríssimo
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